Hipo

22 de janeiro, 2014
      Meu querido Hipo,
foste um dia um gatinho de rua, vitima do abandono a que tantos teus irmãos são sujeitos.
Quis o destino que viesses parar à minha porta. Adotaste-me e eu adotei-te .
Sabia que eras doente, mas amei-te muito, protegi-te, dei-te tudo o que podia para te sentires feliz.
E foste, muito feliz tenho a certeza, porque me fazias também muito feliz.
Passamos momentos incríveis, gostavas de te deitar em cima de todos os papeis que encontravas, às vezes importantes, mas nunca ninguém se importou com isso e achávamos muita piada.
Dia 6 de janeiro de 2014, tive de te deixar partir, mas com contigo foi parte do meu coração, acredita, meu amigo que nunca me senti tão triste.
Acredito que estás no céu dos gatinhos, onde a dor, a fome e o frio o medo que sentiste antes de eu te encontrar, não existe mais.
Desculpa, se alguma vez não te fiz alguma vontade.
Um dia irei para junto de ti.
Nunca te esquecerei, meu querido gatinho.

Um até já.
Paula, Manuel, Inês...e todos os que gostavam de ti