Nikita
09 de julho, 2025
A Nikita não nasceu connosco. Veio de um lar que a amou primeiro - o dos seus primeiros donos, nossos tios. E quando eles partiram, ela e o Tico ficaram com um espaço vazio no peito. Mas foi aí que começámos juntos. Chegaram à nossa casa com 11 anos - E mesmo com idade já vivida, abriram o coração como quem recomeça. Habituaram-se com ternura. Escolheram-nos com confiança. E a ligação... foi profunda. Verdadeira. Estivemos juntos mais de 6 anos. Foram anos de amor tranquilo, de rotinas partilhadas, de presença constante. Ela acompanhava-nos, pedia mimos, fazia parte dos nossos dias como se sempre tivesse estado ali. A Nikita era vivaça. Bem-disposta. Territorial com orgulho, adorava proteger o seu cantinho. Gostava de comer - oh, como gostava! - petiscos eram o seu idioma favorito. Pedia com graça. Olhava com intenção. Sabia o valor de um pedaço extra... e do olhar cúmplice que vinha depois. Passeava no jardim como quem observa o mundo que ajudou a cuidar. E cuidava, sim. Cuidava de nós. Sentíamo-nos amados por ela. Com aquele tipo de amor que não precisa de linguagem. O amor que vive no olhar, no toque, na presença. E foi assim que partiu: com o mesmo amor com que viveu. Nos nossos braços. No nosso colo. Na nossa história. Hoje o Tico ainda está connosco. E a Nikita está no que somos, no que sentimos, no que lembramos. Obrigada, nossa cadelinha. Obrigada pela história que é agora nossa. Com Muito Amor, Guida e Armando